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Ex-aluna do Campus Betim conquista bolsa em universidade americana
A egressa do curso técnico em Química do IFMG-Campus Betim, Luiza Louback foi aprovada com bolsa integral para a University of Pennsylvania, nos Estados Unidos. Competindo com mais de 55 mil estudantes, Luiza se prepara para cursar História e Letras em uma das instituições da Ivy League, grupo que reúne as oito melhores universidades americanas.
Luiza destacou a importância do IFMG em sua aprovação: "Eu estou muito feliz e realizada, e não a conseguiria sem o apoio do IFMG. Durante o curso técnico integrado ao médio, aprendi sobre resiliência, adaptação, força de vontade, sobre buscar caminhos desafiadores e seguir minhas paixões”. A estudante destacou ainda que a Biblioteca do campus era sua segunda casa e os professores, seus maiores apoiadores. “Se hoje posso estudar nos Estados Unidos, é por conta das oportunidades educacionais que recebi e das pessoas que acreditaram em mim. No futuro, espero poder ajudar os alunos do IFMG que tenham interesse em estudar fora a alcançarem seus sonhos e retribuir todo o suporte que recebi."
Além de buscar manter uma boa média em notas, Luiza comentou sobre as oportunidades que uma instituição como o IFMG oferece. “Fui bolsista do projeto de extensão Clube do Livro, participei de um projeto de pesquisa na área de História, fui membro do colegiado de curso e recebi prêmios em concurso literário”. A professora Aline Arruda, coordenadora do projeto Clube do Livro, comentou que Luiza demonstrou ser uma leitora crítica e ávida por conhecimento. "Sempre muito responsável e participativa, a conquista da bolsa é merecida", observou Aline.
O sonho de Luiza e de outras estudantes do Campus Betim em estudar fora contribuiu para o estabelecimento de diversos fluxos e na elaboração de documentos que permitam ao IFMG contribuir para tornar esse sonho realidade. Como comenta a professora Nara Nogueira, representante da internacionalização no Campus Betim, tanto Luiza quanto a estudante Clarice Pena, levantaram informações sobre intercâmbio, realizaram palestras sobre o tema, contribuíram para aproximação do Campus Betim com instituições que apoiam estudantes que desejam estudar fora como o Prep Estudar Fora e a Brasa. Outro ponto muito importante foi a criação do School Profile, um documento que apresenta o campus a instituições internacionais. Após a primeira versão, proposta pelas estudantes, o documento foi aprimorado pela área de internacionalização, com apoio de demais serviços do IFMG. De acordo com Nara, o documento funciona como um “retrato” do Campus Betim perante a comunidade internacional. “É muito emocionante comemorar a notícia da aprovação da Luiza, pois acompanhei de perto seu processo de candidatura, e sei o quanto ela se dedicou em busca da realização de seus objetivos. O caminho para fazer a graduação no exterior pode parecer tenuoso, um sonho distante; mas, como bem demonstra Luiza, é um sonho possível, hoje realidade. O campus Betim muito se orgulha da trajetória da Luiza e, certamente, seguirá acompanhando seus próximos passos", comentou Nara.
Confira aqui a matéria produzida pela Record MG sobre a aprovação de Luiza.
Sobre o processo de application (candidatura)
O processo de application é bastante complexo. Além de participar do Scholastic Aptitude Test (SAT), o Enem americano, o candidato precisa ser aprovado em exames de proficiência em inglês, redigir redações e participar de entrevistas em inglês. Luiza conta que também precisou de cartas de recomendação de professores, coordenou projetos voluntários, e participou da mentoria do Prep Estudar Fora.
De acordo com Luiza, no processo de application (candidatura), ocorre a análise do contexto de cada estudante. “O Instituto Federal já é reconhecido pelas faculdades americanas, que conhecem a carga horária extensa dos cursos técnicos, que muitas vezes resultam em uma média de notas menor em comparação a outras escolas”, comentou Luiza. “A partir do School Profile e o rank da turma, os admissions officers (as pessoas que avaliam as candidaturas) conseguem entender o delta, ou seja: de onde aquele aluno veio e onde ele conseguiu chegar dada as suas oportunidades e seu contexto acadêmico”, explicou.
Além do School Profile, a professora Nara explicou que foram criados fluxogramas orientativos aos coordenadores de curso, que atuam como counselors e respondem por informações específicas solicitadas pelas universidades sobre os candidatos. Também foram criados fluxogramas voltados especialmente à orientação de professores, que redigem cartas de recomendação, e aos alunos que estão se candidatando, para que se organizem a respeito de prazos e processos. “O aluno que deseja realizar a graduação no exterior precisa ser comprometido com seu objetivo, responsável e atento a prazos. É imprescindível construir um bom currículo acadêmico, construir interesses pessoais sólidos e mostrar envolvimento na sociedade ao seu entorno”, observou Nara.
Fluxograma: processo de candidatura a graduação em universidade estrangeira