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Professor da área de Química publica artigos na área de nanotecnologia
O Professor João Paulo Campos Trigueiro, da área de Química do IFMG Campus Betim, publicou recentemente o artigo “The effect of debris on the adsorption and electron-transfer capacity at the interface of oxidized carbon nanotubes”, no periódico internacional Chemical Engineering Journal avaliado pelo Qualis Capes como A1 e que tem fator de impacto (JCR) de 8,355.
De acordo com o Prof° João Paulo, o estudo insere-se no campo da nanotecnologia, que é uma área da ciência que se dedica ao estudo e a manipulação da matéria na escala atômica e molecular lidando com estruturas diminutas, da ordem de nanômetros (bilionésima parte do metro).
O trabalho baseou-se no estudo da capacidade, cinética e do mecanismo de adsorção de corantes por nanotubos de carbono de paredes múltiplas, MWCNT (que é a estrutura nanométrica do trabalho). Também foi objetivo deste estudo investigar a capacidade de transferência de elétrons faradaica existente no nanotubo de carbono quando ele foi utilizado como eletrodo de supercapacitor eletroquímico, o qual foi fabricado com o próprio nanotubo de carbono e com eletrólitos aquosos. Acesse aqui o artigo completo.
Além dessa pesquisa, o Professor João Paulo publicou um outro artigo intitulado “A highly adhesive PIL/IL gel polymer electrolyte for use in flexible solid state supercapacitors” no periódico internacional Electrochimica Acta também avaliado pelo Qualis Capes como A1 e que tem fator de impacto (JCR) de 5,383. Este trabalho também está inserido dentro da nanotecnologia uma vez que utiliza novamente os nanotubos de carbono, agora para a confecção de eletrodos para o desenvolvimento de um supercapacitor eletroquímico. Neste trabalho foi preparado um eletrólito polimérico gel com característica adesivas, o qual permitiu a construção de um supercapacitor eletroquímico flexível, indo de encontro as novas demandas de dispositivos eletrônicos impostas pela nossa sociedade. Segundo o professor um capacitor é um dispositivo que armazena energia na forma de um campo elétrico e tem a capacidade de liberá-la rapidamente em frações de segundos. Já um supercapacitor, que foi o objeto de estudo do trabalho, consegue armazenar uma quantidade muito maior de energia e liberá-la rapidamente porque essa energia é acumulada na interface entre um eletrólito e um eletrodo preparado com nanotubos de carbono, de alta área superficial, que são a chave para o processo de funcionamento do dispositivo. Acesse aqui o trabalho completo.
As duas publicações são frutos de colaborações científicas realizadas entre o Prof° João Paulo e docentes do Departamento de Química da UFMG e do CEFET-MG.