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Pesquisas para medir os impactos da Covid-19 no Brasil são desenvolvidas no IFMG
Para medir o impacto da Covid-19 no Brasil, pesquisadores do IFMG iniciaram uma série de estudos que vão gerar conhecimento para subsidiar ações de combate ao novo coronavírus. De acordo com levantamento da Coordenação de Pesquisa da Reitoria, estão em andamento pesquisas que envolvem hábitos alimentares, mudanças na legislação educacional, produção de equipamentos para higienização de espaços públicos entre outras.
No Campus Governador Valadares, a professora Tatielle Menolli coordena iniciativas para desenvolver três protótipos que poderão ser utilizados em hospitais. O primeiro é uma peça laparoscópica, cuja finalidade é facilitar o processo de intubação de pacientes com Covid-19, tornando o videolaringoscópio mais acessível. O projeto é executado em parceria com a Unimed do município. Na segunda ação coordenada pela docente e pela Associação Médica de Governador Valadares, está em desenvolvimento um túnel de esterilização para desinfectar profissionais de saúde a partir da dispersão direta de soluções desinfetantes. O processo seria realizado em apenas 30 segundos. Já o terceiro protótipo diz respeito a um equipamento de baixo custo para a esterilização de máscaras do tipo N95/PFF2 por meio da luz ultravioleta. De acordo com a professora, a luz UV-c é germicida e antiviral e sua aplicação garante a integridade da máscara por mais tempo, permitindo a reutilização do protetor entre 10 e 20 vezes. Neste caso, a pesquisa é realizada em parceria com a empresa Santana Ferro e Aço e a Associação Médica.
Impacto no setor de alimentos e bebidas
Como a pandemia impactou o consumo de alimentos pelos brasileiros é o tema da pesquisa que está em andamento no Campus Bambuí. Segundo a docente responsável, Jéssica Ferreira Rodrigues, por se tratar de um cenário inédito e recente, há poucos estudos sobre o assunto. A proposta é mapear pontos relevantes sobre a situação brasileira, com foco no mercado, no consumo, na manipulação e na higienização dos alimentos. “Os resultados serão importantes para nortear ações que assegurem a segurança de alimentos e auxiliem as empresas alimentícias no planejamento de estratégias de marketing e de produção de seus produtos”, explica Jéssica.
O projeto da professora Letícia Pierre vai na mesma direção. A docente do Campus Ouro Preto começou a analisar neste mês como está a aplicação de boas práticas na manipulação de alimentos em restaurantes. “Nesse momento, os estabelecimentos estão tentando se adaptar a novas formas de funcionamento e ainda aprimorar as medidas de higiene. O estudo vai analisar os procedimentos que eram adotados antes da pandemia, assim como as medidas adotadas em decorrência dela”, explica. Como forma de auxiliar no combate à disseminação do vírus, a pesquisa pretende orientar os restaurantes quanto à aplicação correta dos procedimentos de higiene e manipulação de produtos.
Já a gestão administrativa de estabelecimentos de alimentos e bebidas está sendo abordada no projeto da professora Cristiane Andreoli. Ela investiga como a Covid-19 está afetando os comerciantes de Ouro Preto e região. O projeto pretende levantar dados que possam contribuir para reduzir os impactos da pandemia, identificando ações direcionadas ao empreendedorismo social para gestores desse setor.
Estudo das políticas educacionais
As alterações na legislação educacional brasileira em decorrência da pandemia é o objeto de pesquisa da professora do Campus Ponte Nova, Cássia Fernandes, e da equipe que a auxilia. O trabalho busca analisar as políticas adotadas pelo poder público diante desta nova realidade. Conforme a docente explica, o objetivo é buscar respostas que indiquem quais os efeitos da Covid-19 no processo de escolarização em um cenário de crise, incerteza e novas legislações. A pesquisa está sendo desenvolvida por meio da análise documental de medidas provisórias, decretos, portarias e ações implementadas pelo Governo Federal durante a pandemia, além do levantamento bibliográfico das perspectivas de especialistas em fontes científicas e de divulgação de ideias (revistas, sites, vídeos etc).
Fonte: Texto adaptado de matéria originalmente publicada em www.ifmg.edu.br.