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Projeto desenvolverá atlas digital sobre gestão de recursos hídricos da bacia do São Francisco
Importante manancial responsável pelo abastecimento de grande parcela da população brasileira, a bacia hidrográfica do rio São Francisco é também motivo de preocupação de estudiosos e especialistas em todo o país, especialmente quanto à degradação que vem comprometendo a qualidade e a disponibilidade hídrica da região.
Contemplado recentemente pelo edital nº15/2021 de fomento à pesquisa lançado pela Reitoria do IFMG e conduzido pelo Campus Ouro Preto, o projeto “Atlas integrado do uso e gestão dos recursos hídricos do alto curso da bacia do Rio São Francisco” reflete essa preocupação com a qualidade, preservação e gerenciamento dos recursos hídricos e das áreas úmidas desta região.
A professora Elizêne Veloso (Codageo) é uma das coordenadoras do projeto e explica que o mapeamento integrado na forma de atlas será baseado nos dados de outorga, saneamento básico e qualidade da água na área de estudo. “A degradação ocasionada por lançamento de esgotos, contaminação por resíduos de origem agrícola e industrial e assoreamento dos cursos de água é uma realidade. No alto curso da bacia do rio São Francisco, essas alterações ameaçam a disponibilidade hídrica e as áreas úmidas. A partir do mapeamento, serão produzidas informações que podem fortalecer e embasar ações de gestão que garantam a sustentabilidade dessas áreas”, justifica.
O desenvolvimento deste trabalho dá sequência aos estudos iniciados no ano passado, por meio do edital nº87/2019 de fomento à pesquisa aplicada da reitoria do IFMG. O projeto pretende, ainda, consolidar a atuação do Grupo de Pesquisas Interdisciplinares em Áreas Úmidas (Piau).
Atlas digital
Além de disponibilizar dados para fomentar ações multidisciplinares ou interdisciplinares de educação ambiental, o atlas digital poderá favorecer, ainda, o processo de ensino e aprendizagem. Entre suas vantagens estão a linguagem acessível, a interatividade e o dinamismo proporcionados pelo recurso, que conferem ao estudante mais autonomia e um papel mais ativo na busca por informações e soluções.
Elizêne acrescenta que o atlas ampliará, também, a comunicação entre a instituição e a comunidade, uma vez que o projeto objetiva entregar um produto técnico aplicável. “Espera-se que o atlas possa ser utilizado pela comunidade escolar em atividades didáticas e pela sociedade em ações de planejamento e gestão”, ressalta a coordenadora.
Metodologia
As atividades do projeto ocorrerão em laboratórios do Campus Ouro Preto como o de Geoprocessamento (para processamento de dados de qualidade da água, outorga, saneamento e produção de mapas temáticos) e o Estúdio de Produção Audiovisual Colaborativo (para preparação do atlas digital e do material para divulgação).
Para elaboração do trabalho, serão utilizados dados sobre qualidade da água, outorga e saneamento disponibilizados por órgãos como Igam, IDE-Sisema e SNIS. O mapeamento será feito utilizando o software QGIS.
Equipe - Integram a equipe deste projeto os professores Elizêne Veloso Ribeiro e Diego Alves de Oliveira (coordenadores) e William Fortes Rodrigues, além de um bolsista Pibic e um bolsista voluntário (estudante do curso de mestrado ProfGeo).
Fonte: Comunicação Ouro Preto