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Projeto desenvolverá atlas digital sobre gestão de recursos hídricos da bacia do São Francisco

Trabalho realizado pelo Campus Ouro Preto disponibilizará dados para fomentar ações multidisciplinares ou interdisciplinares de educação ambiental
publicado: 23/08/2021 18h44, última modificação: 13/03/2024 11h48

Importante manancial responsável pelo abastecimento de grande parcela da população brasileira, a bacia hidrográfica do rio São Francisco é também motivo de preocupação de estudiosos e especialistas em todo o país, especialmente quanto à degradação que vem comprometendo a qualidade e a disponibilidade hídrica da região.

Contemplado recentemente pelo edital nº15/2021 de fomento à pesquisa lançado pela Reitoria do IFMG e conduzido pelo Campus Ouro Preto, o projeto “Atlas integrado do uso e gestão dos recursos hídricos do alto curso da bacia do Rio São Francisco” reflete essa preocupação com a qualidade, preservação e gerenciamento dos recursos hídricos e das áreas úmidas desta região.

A professora Elizêne Veloso (Codageo) é uma das coordenadoras do projeto e explica que o mapeamento integrado na forma de atlas será baseado nos dados de outorga, saneamento básico e qualidade da água na área de estudo. “A degradação ocasionada por lançamento de esgotos, contaminação por resíduos de origem agrícola e industrial e assoreamento dos cursos de água é uma realidade. No alto curso da bacia do rio São Francisco, essas alterações ameaçam a disponibilidade hídrica e as áreas úmidas. A partir do mapeamento, serão produzidas informações que podem fortalecer e embasar ações de gestão que garantam a sustentabilidade dessas áreas”, justifica.

O desenvolvimento deste trabalho dá sequência aos estudos iniciados no ano passado, por meio do edital nº87/2019 de fomento à pesquisa aplicada da reitoria do IFMG. O projeto pretende, ainda, consolidar a atuação do Grupo de Pesquisas Interdisciplinares em Áreas Úmidas (Piau).

Atlas digital

Além de disponibilizar dados para fomentar ações multidisciplinares ou interdisciplinares de educação ambiental, o atlas digital poderá favorecer, ainda, o processo de ensino e aprendizagem. Entre suas vantagens estão a linguagem acessível, a interatividade e o dinamismo proporcionados pelo recurso, que conferem ao estudante mais autonomia e um papel mais ativo na busca por informações e soluções.

Elizêne acrescenta que o atlas ampliará, também, a comunicação entre a instituição e a comunidade, uma vez que o projeto objetiva entregar um produto técnico aplicável. “Espera-se que o atlas possa ser utilizado pela comunidade escolar em atividades didáticas e pela sociedade em ações de planejamento e gestão”, ressalta a coordenadora.

Metodologia

As atividades do projeto ocorrerão em laboratórios do Campus Ouro Preto como o de Geoprocessamento (para processamento de dados de qualidade da água, outorga, saneamento e produção de mapas temáticos) e o Estúdio de Produção Audiovisual Colaborativo (para preparação do atlas digital e do material para divulgação).

Para elaboração do trabalho, serão utilizados dados sobre qualidade da água, outorga e saneamento disponibilizados por órgãos como Igam, IDE-Sisema e SNIS. O mapeamento será feito utilizando o software QGIS.

Equipe - Integram a equipe deste projeto os professores Elizêne Veloso Ribeiro e Diego Alves de Oliveira (coordenadores) e William Fortes Rodrigues, além de um bolsista Pibic e um bolsista voluntário (estudante do curso de mestrado ProfGeo).

Fonte: Comunicação Ouro Preto