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Campus Sabará integra projeto que forma instrutores de Tai Chi Chuan para o SUS

Ciclo 2023–2025 da ação educacional realizada em parceria com a Escola de Saúde Pública de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Saúde qualificou 316 profissionais, ampliando a oferta de práticas integrativas em centros e unidades básicas de saúde.
publicado: 22/12/2025 08h51, última modificação: 22/12/2025 13h18
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Profissionais de saúde estiveram reunidos, no auditório da Defensoria Pública, em Belo Horizonte, para celebrar a conclusão de um marco importante: o encerramento do ciclo 2023-2025 do Projeto de Formação de Instrutores de Tai Chi Chuan e Chi Kung em Minas Gerais. O encontro foi realizado no dia 5 de dezembro pela Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP) e contou com a participação do IFMG.

Mais do que um evento de encerramento da ação educacional, o seminário foi um espaço para apresentar resultados, impactos no Sistema Único de Saúde (SUS) e compartilhar experiências sobre como práticas corporais da Medicina Tradicional Chinesa estão transformando o cuidado na Atenção Primária à Saúde. Participaram egressos do curso, gestores municipais, representantes das instituições parceiras e interessados no tema.

O projeto “Práticas Corporais nos Polos de Academias da Saúde de Minas Gerais: formação de instrutores de Tai Chi Chuan (Taiji Quan) e Chi Kung” nasceu de uma parceria interinstitucional firmada em 2023 entre a ESP, o Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Sabará e a Secretaria de Estado de Saúde (SES). Formalizado por meio de um Termo de Cooperação Técnica, o acordo integra a Política Estadual de Práticas Integrativas e Complementares e o Programa Academia da Saúde, do Governo Federal.

10.jpgParticiparam da abertura do evento a diretora de Promoção da Saúde e Políticas de Equidade da SES, Luisa Azeredo Oliveira; a pró-reitora de Administração e Planejamento do IFMG, Fernanda Pelegrini Proença; e a Superintendente de Educação e Pesquisa em Saúde da ESP, Patrícia de Oliveira.

Representando o reitor Rafael Bastos Teixeira, Fernanda destacou a parceria institucional, falou do quanto tem sido importante a atividade para o IFMG e para os profissionais envolvidos e como os resultados estão chegando a todo o estado. “Fico muito feliz com essa parceria, desejo que ela permaneça e penso que não é um ciclo que se fecha, mas uma espiral, que vai subindo”, reforçou.

Segundo Patrícia de Oliveira, a ação tem sido exemplar porque é um fruto que se materializou em um esforço conjunto, generoso e tecnicamente robusto. “O resultado merece ser celebrado. Foram 12 turmas formadas entre 2023 e 2025, 316 profissionais qualificados e 172 municípios alcançados em todas as regiões do estado. São números que representam mais do que participantes, mas sim novas possibilidades de cuidado, ampliação de acolhimento e de promoção da saúde”.

Sobre o curso

Ofertado em formato híbrido, o curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) tem carga horária de 76 horas. Conforme o acordo firmado, a certificação dos profissionais está sob a responsabilidade do IFMG, assim como parte das atividades presenciais, realizadas na ESP, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte. O técnico em assuntos educacionais do Campus Sabará, Marcello Giffoni, foi o professor responsável pelas aulas de Tai Chi Chuan e de práticas corporais. No videocast Vozes da Extensão, exibido em 1º de agosto deste ano, ele e a servidora da SES, que também é docente do curso, Roxane dos Santos, falaram sobre o projeto e explicaram os benefícios das práticas integrativas. O programa está disponível no IFMG Play (acesse clicando aqui).

02.JPGDe acordo com Marcelo, a parceria para ofertar o curso deverá ser renovada. “No momento estamos no processo burocrático de manter a parceria entre as três instituições”, afirma. Além disso, estão sendo planejadas ações de acompanhamento dos ex-alunos, com o objetivo de avançar com a capacitação e estabelecer uma rede mineira de práticas corporais da Medicina Tradicional Chinesa. “Diante do resultado expressivo e inédito do ciclo 2023-2025, as equipes das três instituições entenderam que o acompanhamento dos egressos é importante”, explica.

O diretor de Cooperação Interinstitucional da Pró-reitoria de Extensão, Alceste dos Santos Glória, avalia que o projeto, além de ter apresentado resultados relevantes, contribuiu para ampliar a visibilidade do IFMG, especialmente no que diz respeito ao diálogo com a Secretaria de Estado de Saúde. Ele afirma que essa ação educacional poderá ser ampliada a nível nacional, tendo a experiência mineira como modelo, uma vez que articulações junto ao Ministério da Saúde já foram estabelecidas e há interesse em firmar novas parcerias.

Experiências e compartilhamentos

O Tai Chi Chuan é uma prática coletiva de origem oriental que consiste em posturas de equilíbrio corporal e na realização de movimentos lentos e contínuos que trabalham, simultaneamente, os aspectos físico e energético do corpo. São atividades da Medicina Tradicional Chinesa, associadas à prevenção dos principais fatores de risco para doenças crônicas, cujos benefícios envolvem redução no peso corporal, diminuição da pressão arterial, dores, triglicerídeos e colesterol total de seus praticantes.

Para além de uma prática corporal, o Tai Chi Chuan também ajuda com a mente. É o que diz Luciana Mundin Teixeira, uma das profissionais que concluíram o curso. Para ela, que é fisioterapeuta e instrutora de Lian Gong, o Tai Chi Chuan se tornou mais um instrumento para ajudar em sua atuação. “Costumo dizer que essas duas práticas são meditações ativas, porque você precisa estar em plena presença”, sintetiza.

18.JPGO nutricionista e também concluinte do curso, Vinícius Ribeiro, da cidade de Ferros, comenta que a capacitação foi transformadora. “A maneira como a gente chega é uma, mas quando a gente sai e termina a qualificação, parece que nem é a mesma pessoa que entrou. Tive essa percepção ao chegar nesta reta final do curso”. Ele conta que o Tai Chi ainda não é uma prática conhecida em sua cidade, mas que já fizeram uma apresentação inicial e que, no próximo ano, a ideia será colocar um grupo em prática no município.

Quem já se beneficiou das práticas do Tai Chi Chuan é a Maria Pereira, de Belo Horizonte. Ela frequenta o Centro de Saúde Santa Lúcia, onde é aluna do educador físico Cláudio Rodrigues, egresso da primeira turma. Maria relata que fez uma cirurgia na coluna e ficou com muitas dificuldades para se movimentar, não conseguia andar direito e fazer suas atividades rotineiras. “Desde que comecei a praticar o Tai Chi, estou conseguindo me movimentar melhor, sair, andar, pegar ônibus. O médico falou que tenho que fazer atividades físicas para o resto da vida e nada vai me fazer largar o Tai Chi. Sou muito grata por tudo que ele me trouxe, hoje recuperei a capacidade de fazer minhas coisas”, contou.

Com informações da Ascom/ ESP-MG

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