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Registro de patente

Professor do IFMG integra grupo de pesquisa que acaba de registrar patente de medicamento para tratar doenças como Dengue e Zika vírus
publicado: 05/10/2018 15h42, última modificação: 20/03/2024 09h22

Iniciada em 2014, uma pesquisa da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em parceria com o Campus Ouro Branco, teve seu pedido de patente encaminhado ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Conduzido pelo professor Róbson Ricardo Teixeira, do Departamento de Química da UFV, o trabalho refere-se ao uso de compostos para o tratamento de infecções causadas por flavivírus como o Vírus do Nilo Ocidental (WNV - sigla em inglês), Dengue (DENV) e Zika (ZIKV). Embora possuam tratamento disponível, essas doenças ainda não apresentam vacinação eficiente e global.

A participação do professor Fabrício Marques, que leciona Química do Campus Ouro Branco, começou um ano após o início dos trabalhos, realizando cálculos computacionais para determinar parâmetros que pudessem ser correlacionados com a atividade biológica. “Atualmente, a Química Computacional tem um papel importante na otimização do processo de busca por novos fármacos, permitindo economia de tempo e de recursos financeiros. Os gastos por parte da indústria farmacêutica são intensos na busca por fármacos mais seletivos e com novos mecanismos de ação”, revelou.

 

Patente

A concessão de uma patente confere ao titular do conhecimento protegido, direitos sobre a criação, tais como: proibir terceiros, sem o seu consentimento, de produzir, utilizar, vender ou importar a sua criação ou modelo de utilidade e garante o direito de propriedade e exclusividade ao titular da criação intelectual. Uma vez depositado o pedido, o INPI mantém sigilo pelo prazo de 18 meses, contados da data de depósito.

“A patente contribui para a consolidação de uma linha de pesquisa inédita no IFMG e ainda pouco consolidada em Minas Gerais, além de fortalecer a parceria do Campus com pesquisadores de outras instituições. Isso certamente impacta positivamente no esforço de se buscar resultados de grande relevância social e na formação de recursos humanos capacitados a atuarem na batalha contra o Zika vírus e as arboviroses, que assolam o Brasil e outras partes do mundo”, completou o professor.

 

Parcerias

De acordo com Fabrício, “a parceria com outras instituições de ensino, como a UFV, favorece a obtenção de resultados mais amplos e consistentes, uma vez que permite a interação de profissionais em diferentes áreas de formação”.

Além da patente depositada este ano, o grupo  já publicou dois outros trabalhos como fruto da parceria: “Zirconium catalyzed synthesis of2-arylidene Indan-1,3-diones and evaluation of their inhibitory activityagainst NS2B-NS3 WNV protease”, publicado na revista  European Journal of Medicinal Chemistry em 2018, e “Synthesis, molecular propertiesprediction and cytotoxic screening of3-(2-aryl-2-oxoethyl)isobenzofuran-1(3H)-ones”, publicado na revista Bioorganic & Medicinal Chemistry Letters em 2016. “Estamos com outros trabalhos em andamento, e em breve teremos novas publicações. Essa divulgação científica em periódicos internacionais é fundamental para o fortalecimento da pesquisa no IFMG”, esclareceu.