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Pesquisadora do IFMG publica manual para prevenção da Febre Maculosa
• Que espécies de carrapatos transmitem febre maculosa aos humanos?
• Como diferenciá-las de outros carrapatos e que animais elas costumam parasitar?
• Qual a maneira correta para removê-los da pele?
• Quais os primeiros sintomas da febre maculosa e qual o tratamento adequado?
As respostas a essas e várias outras dúvidas sobre a febre maculosa estão no Manual de identificação de carrapatos e prevenção da febre maculosa brasileira, publicado em outubro. Produzido no Campus Bambuí, em parceria com a Escola de Veterinária da UFMG, a proposta é que o documento seja um material didático instrucional de saúde pública e zoonoses.
Dados do Ministério da Saúde mostram que entre os anos de 2007 e 2022, foram confirmados 2.880 casos da doença no Brasil, dos quais 931 (33%) evoluíram para óbito. Em 2023, até o mês de julho, foram confirmados 60 casos de febre maculosa em todo território nacional, com 11 mortes. A doença é notificada em todo o país, sendo as regiões Sudeste e Sul as responsáveis por mais de 80% dos casos. “O manual se apresenta com informações técnicas adequadas e possui atividades que auxiliam o leitor na fixação do conteúdo, de modo lúdico, que estimula o aprendizado”, explicou a professora Simone Moreira, que coordenou o projeto.
Foi da própria docente a iniciativa de produzir o manual, cuja idealização ocorreu durante um projeto de pesquisa para identificar carrapatos encontrados nas capivaras do Campus, como prevenção para a febre maculosa. “Atuo na área de saúde única com ênfase nas doenças transmitidas por vetores e os surtos recentes de febre maculosa no estado revelaram uma lacuna de conhecimento da sociedade acerca do tema, necessitando de investimentos para uma maior promoção da saúde, visando colaborar para o controle”, revelou Simone. O documento tem 55 páginas e levou 11 meses para ser concluído.
Atuando como docente no Campus Bambuí desde 2017, Simone Moreira ministra aulas no curso técnico em Biotecnologia, nos bacharelados em Medicina Veterinária e Zootecnia, e também no mestrado profissional em Sustentabilidade e Tecnologia Ambiental. Participaram do projeto três estudantes do curso de Medicina Veterinária da unidade, além da professora Júlia Angélica da Silveira, da UFMG, que é doutora em Parasitologia.
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