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Professores apontam caminho para comércio funcionar durante a pandemia
O professor Denis Carvalho, do Núcleo de Informática do Campus São João Evangelista, desenvolveu, em parceria com Rodrigo Yoshima, Juliano Ribeiro e Fernando Sanches, todos docentes de outras instituições, pesquisa que apresenta medidas para o funcionamento de empresas durante o período da pandemia do novo coronavírus, com foco na proteção individual de clientes e funcionários.
O artigo apresenta inicialmente um panorama do avanço da Covid-19 pelo mundo e relaciona esse fato não só à área da saúde como também à economia mundial. Segundo o relato, a pandemia propôs um desafio duplo relacionado à contenção do avanço da doença e ao gerenciamento da crise financeira global. Por isso, o texto traz um modelo para operação de organizações durante o período.
Os autores utilizam como base o Método Kanban, metodologia desenvolvida no Japão cujo objetivo é otimizar o funcionamento de uma organização. Dentre os pontos discutidos, estão o entendimento, gerenciamento e limitação do fluxo de pessoas em ambientes fechados, além da cadência de atendimento, o que, segundo os autores, limitaria as filas de espera.
O estudo, por meio de cálculos matemáticos, possibilitaria a implantação de políticas explícitas, tanto externas quanto internas, no ambiente das empresas. Essa, segundo os autores, seria a segunda etapa na construção de um plano de contingência, o que, de acordo com o artigo, seria "o primeiro passo necessário para garantir a maturidade organizacional, entendendo o momento global e possibilitando aos órgãos de controle entender que tal organização possui condições de atender o público com zelo e responsabilidade".
Método na prática
Após a descrição do plano de contingência e apresentação dos modelos, os autores aplicaram o método na prática. Os cálculos propostos na apresentação da teoria foram aplicados em uma empresa que atua no varejo de equipamentos eletrônicos, no interior de Minas Gerais. As medidas físicas da loja foram utilizadas para os cálculos.
Os resultados indicaram que a empresa tinha capacidade de atender a duas pessoas de forma simultânea. Para o controle de fluxo, a proposta dos autores foi a entrega de cartões de atendimento aos clientes ainda na entrada do estabelecimento. Definidos esses elementos, o texto apresenta o plano de contingência da loja, que relaciona, além dos itens citados, determinação de horário de atendimento e disponibilização de álcool em gel para os clientes.
Confira, na íntegra, o texto publicado na Revista Eletrônica Argentina-Brasil de Tecnologias da Informação e da Comunicação (REABTIC).