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Videocast Vozes da Extensão debate vivências de mulheres negras
Neste 25 de julho, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela, o videocast “Vozes da Extensão” recebe a jornalista, relações públicas, empresária e ativista Cinda Airá (cujo nome tradicional é Kyalunde) para debater a vivência de mulheres negras. Na conversa conduzida pela professora Marie Luce Tavares, coordenadora de Cultura, Esporte e Lazer da Pró-reitoria de Extensão, e Beatriz Bastos Borges, responsável pela articulação das ações relacionadas às questões étnico-raciais, Cinda conta sua trajetória ligada à valorização da ancestralidade, ao resgate da identidade preta e também ao enfrentamento do racismo e da exclusão social.
“Eu coloco muito a data nesse lugar do despertar, do abrir os olhos para percepção, para a identificação da necessidade de dar valor, de construir e de reforçar essa luta, que é necessária. Seja para nós, mulheres pretas, ou para as pessoas que estão aí tendo as suas lutas, qualquer que sejam elas”, afirma a empresária, que também é liderança do Centro de Umbanda Nanã e Yemanja e Manzo Ndanji Kyanda.
Ao longo do programa, temas como o papel do matriarcado negro, as vivências de mulheres negras em ambientes acadêmicos e profissionais, a importância das políticas públicas e das datas comemorativas como ferramentas de luta, a potência do autocuidado, da espiritualidade e do afeto como caminhos de resistência são tratados pela convidada. Ela conta que o início de sua trajetória profissional foi marcado pelo trabalho como assessora acadêmica em uma instituição universitária. A partir dessa experiência, Cinda caminhou para a criação de sua própria empresa de eventos técnico-científicos, em 2009.
“Quando me descobri uma mulher preta, eu comecei a também conduzir a minha trajetória profissional neste lugar. E aí a empresa mudou… Quando voltamos (depois da pandemia), eu já voltei nesse entendimento de que não era aquilo mais, eu estava em outro lugar, já não era mais aquela mesma pessoa. Entendi que eu tinha uma responsabilidade ali de conduzir aqueles processos por caminhos que seriam distintos não só para mim, mas para aqueles que estavam comigo e também para aqueles que estavam fazendo eventos comigo. (...) Hoje nossa equipe é formada por 99% de mulheres, a maioria mulheres pretas. E nós imprimimos isso como valor na Airá. (...) Ao construir um evento, eu trago isso, eu trago o respeito à diversidade, a necessidade de tornar os eventos mais inclusivos, a necessidade da gente conseguir construir um ambiente que seja menos tóxico”, conta Cinda.
A conversa completa pode ser assistida no YouTube, pelo canal IFMG Play. Acesse neste link ou clique na tela a seguir.
