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Campus investe em sustentabilidade ambiental com coletores de pilhas e baterias

Equipamentos estão disponíveis no hall dos prédios de Ensino e Administrativo. A ação é desenvolvida por meio do projeto Sala Verde, que tem a coordenação do prof. Luiz Fernando Rocha Penna
publicado: 14/03/2019 11h19, última modificação: 15/03/2019 15h04

As pilhas e baterias fazem parte da grande evolução tecnológica humana. Através delas se conquistou a portabilidade dos aparelhos eletrônicos e até mesmo conforto, como no caso do controle remoto e do rádio portátil. 

Na sua composição, as pilhas e baterias são compostas por metais pesados, tais como mercúrio, chumbo, cobre, níquel, zinco, cádmio e lítio. Esses metais são perigosos para o ambiente e a saúde humana. Por isso, fica o alerta para que as pessoas façam o descarte correto desses resíduos.

Com essa preocupação, o IFMG - Campus Governador Valadares passa a disponibilizar aos usuários da instituição dois coletores específicos para o recolhimento desses materiais. Os equipamentos estão à disposição dos alunos, servidores, terceirizados e comunidade externa no hall de entrada dos prédios de Ensino e Administrativo.

“É muito importante a participação da comunidade acadêmica nesse processo de coleta de pilhas e baterias usadas. Inclusive, pode-se depositar nos coletores do campus os resíduos gerados em casa ou no trabalho. Todo o material coletado será encaminhado, periodicamente, a uma empresa recicladora”, explica prof. Luiz Fernando da Rocha Penna, à frente da ação por meio do projeto Sala Verde.

Ele esclarece ainda que, mensalmente, será contabilizada a quantidade de pilhas e baterias descartadas nos coletores e os dados serão disponibilizados no site do Campus. “A ideia é que o IFMG-GV se torne, permanentemente, um Ponto de Entrega Voluntária (PEV) desse tipo de resíduo na cidade e região”. 

Cada coisa no seu lugar 

Apesar de na frente dos coletores ter especificado o texto "Pilhas e Baterias" juntamente com o símbolo da reciclagem e imagem desse tipo de material, a equipe do projeto tem encontrado também papéis, palito de picolé, plástico e outros tipos de resíduos (foto). Por isso, pedem a colaboração dos usuários para descartar apenas o que está estabelecido em cada coletor do campus

Entenda mais 

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), o mercado brasileiro de pilhas comuns e alcalinas comercializa cerca de 800 milhões de unidade por ano. Uma quantidade digna de atenção e preocupação por causa das substâncias que compõem esses objetos e seus danos potenciais ao meio ambiente e à saúde humana. 

Infelizmente, é comum a população descartar as pilhas junto aos resíduos domiciliares, o que faz com que esses resíduos acabem indo parar nos lixões, aterros controlados e/ou aterros sanitários. Quando entram em decomposição, seus componentes, principalmente os metais traços, podem se infiltrar no solo e atingir águas superficiais e os lençóis de água subterrânea, entrando assim, no ecossistema dos rios e dos mares, sendo incorporados nas cadeias alimentares, aumentando a sua concentração nos seres vivos e causando impacto ambiental significativo. 

Por esse motivo as pilhas e baterias são consideradas resíduos perigosos pela Associação Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT) 10004/2004 e, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010, devem voltar para o fabricante para reciclagem após a sua vida útil, através do mecanismo de logística reversa. Para tanto, torna-se necessário disponibilizar à população locais para o seu descarte.