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Estudantes conquistam medalha em competição internacional de Matemática

Trabalho cooperativo por parte dos alunos e incentivo dos professores foram os diferenciais para atingir o bom resultado na edição brasileira da Olimpíada Internacional Matemática Sem Fronteiras (OIMSF), competição realizada desde 1989 pela Académie de Strasbourg, órgão do Ministério da Educação da França
publicado: 30/08/2017 11h21, última modificação: 30/08/2017 16h12

Cento e dezessete alunos dos cursos técnicos integrados em Meio Ambiente e Segurança do Trabalho do IFMG - Campus Governador Valadares saíram vitoriosos da Olimpíada Internacional Matemática Sem Fronteiras (OIMSF) Brasil 2017. De acordo com os organizadores, participaram mais de 244 mil alunos brasileiros de 9.500 classes do ensino fundamental e médio.

Veja o resultado obtido pelo IFMG-GV:

Nível Nacional 2017

Nível Estadual 2017

3º TMA - Medalha de PRATA

3º TMA - Medalha de OURO

2º TST - Medalha de PRATA

2º TST - Medalha de OURO

1º TST - Medalha de BRONZE

1º TST - Medalha de BRONZE

O professor de Matemática Marcos Miller, responsável pela preparação dos discentes, explica a estratégia adotada. “A preparação aconteceu de forma diária, com atividades extras ao livro didático. Procurei integrar à matéria exercícios de provas anteriores da OIMSF para fazer um elo entre a matéria e as diversas aplicações e situações em que poderiam aparecer na competição. E também para ajudá-los a associarem melhor a teoria. Essa forma de trabalho foi iniciada pela professora Ana Catarina Cantoni, que teve uma dedicação muito grande com nossos alunos. Também contamos com o apoio e dedicação das professoras Liara Biondo e Deise Nunes. Os alunos aproveitaram ainda o atendimento extraclasse ministrado pelos professores para esclarecer dúvidas e solidificar seus conhecimentos”.

Visão dos alunos

“Nossa turma é muito unida. Desde que soubemos da Olimpíada, começamos a organizar os grupos e nos empolgar. O professor Marcos é sempre muito paciente com a turma no processo de aprendizagem, o que é fundamental. Ele nos incentivou bastante; esse apoio com certeza fez diferença. A turma inteira se dedicou e o resultado veio. Ao recebermos a notícia das medalhas, vibramos como se tivéssemos ganhado na loteria. Foi um momento muito especial”, conta Daniela Coelho, 17 anos, aluna do 2º ano do curso Técnico em Segurança do Trabalho (TST).

A proximidade com a “mãe de todas as ciências” tem deixado Gilson Andrade, 17 anos, também aluno do 2º ano TST, cada dia mais decidido a se dedicar profissionalmente à área. “A matemática me ensinou a ser mais cauteloso, que tudo no universo é lógica e que a humanidade precisa dela para sobreviver. Quero cursar bacharelado e licenciatura em matemática para pesquisar e ensinar”, sentenciou. Para ele, é preciso criar “estratégias para atrair o interesse das pessoas. A matemática não é a vilã, e sim a rainha das ciências”.

Outra entusiasta é Steffany Oliveira, aluna do 1º TST. “O mundo sem a matemática não existe. Ela está presente em tudo no nosso dia a dia, bem como ao nosso redor e em tudo o que fazemos. E é por isso que eu amo a matemática”, revela. A estudante classificou como “experiência incrível” a participação na competição. “Eu já considerava a matemática a ciência mais importante do mundo moderno; depois da Olimpíada tive certeza disso. Mal posso esperar para participar de novo ano que vem. O apoio e o incentivo do professor Marcos foram fundamentais para esta conquista, ele contribui muito para que isso acontecesse”. Aos 15 anos, Steffany revela que já traçou seu futuro profissional. “Pretendo cursar engenharia civil, pois quero seguir na área de exatas”.

Apesar de, inicialmente, tender a optar na graduação pelas ciências biológicas, o estudante Diego Motinha Matos, do 3º ano do curso Técnico em Meio Ambiente confessa que tem se rendido aos encantos da matemática. “Sempre tive um enorme carinho por essa disciplina, porém, durante grande parte dos meus estudos, não tive influências nem recebi incentivos que despertassem o meu interesse em aprofundar nesse conhecimento. Entretanto, após entrar no IFMG, com a presença dos excelentes professores e as inúmeras participações nas olimpíadas das diversas disciplinas de exatas, adquiri o prazer em estudar matemática”. Para ele, a OIMSF trouxe ganhos na formação acadêmica e também humana dos participantes. “Além de testar o conhecimento dos alunos, promoveu a coletividade das turmas e quebrou o paradigma do individualismo existente durante a realização de provas, um jeito inovador de despertar o interesse dos alunos”, opina.

Sobre a competição
Criada na França em 1989, os principais objetivos da Olimpíada Internacional Matemática Sem Fronteiras (OIMSF) são aproximar os estudantes do estudo da matemática, mostrar a importância das línguas modernas, e promover o interesse pela disciplina e pelo trabalho cooperativo. A realização do evento é de responsabilidade da Académie de Strasbourg.