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Força da mulher negra é celebrada na quarta edição da Semana da Consciência Negra
Com o tema “Negras no poder: racismo, gênero e empoderamento”, foi realizada a IV Semana da Consciência Negra do IFMG - Campus Governador Valadares. Organizado pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), o evento aconteceu entre os dias 6 e 8 de novembro. Contou com diversas atividades como rodas de conversa, palestras, cine debate, oficinas, apresentações culturais e lançamento de livro.
As atividades foram realizadas em todos os turnos, envolvendo centenas de estudantes dos diferentes cursos do campus e pessoas da comunidade externa. Também teve a participação de importantes lideranças e intelectuais negros como Makota Kisandembu, Jesus Rosário Araújo, Eliana Marcolino, Eunice Nonato e Andreia de Jesus Silva. Um mural artístico, localizado ao lado do auditório, foi desenvolvido pelas alunas Letícia Lima e Michelle Ferraz, respectivamente, dos cursos técnicos Integrados em Meio Ambiente e Segurança do Trabalho.
Destaque para as oficinas de capoeira, confecção de bonecas Abayomi e maquiagem para mulheres negras. E ainda as rodas de conversa sobre racismo e injúria racial nas redes sociais e a inserção das mulheres negras no poder; e o lançamento do livro "Minas do ouro e do feitiço", do historiador Giulliano Sousa, que também é servidor do campus . O evento contou ainda com as apresentações culturais de Érica Timóteo, Black Sisters e Marvel Girl's.
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Este ano a SCN homenageou a mulher negra brasileira e fez referência a importantes personalidades de diversas áreas do conhecimento e cultura, a escritora, compositora e poetisa Carolina Maria de Jesus, a filósofa e acadêmica Djamila Ribeiro, a socióloga e vereadora carioca assassinada Marielle Franco, e a atriz e cantora Zezé Motta.
Para Giulliano Sousa, coordenador do NEABI e membro da comissão organizadora, "a discussão sobre o papel da mulher negra na sociedade brasileira é de fundamental importância para compreensão dos diversos desdobramentos do racismo e do machismo no Brasil. As mulheres recebem os menores salários e são as maiores vítimas de racismo e injúria racial nas redes sociais, além das diversas violências físicas e psicológicas sofridas cotidianamente".