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Governo federal anuncia investimentos de mais de R$ 1 bi na educação de Minas Gerais
O governo federal anunciou, nesta sexta-feira, 28 de junho, investimentos para instituições federais de ensino de Minas Gerais. Os recursos visam trazer melhorias na educação e na saúde no estado, já que hospitais universitários fazem parte do conjunto de obras. Ao todo, serão investidos mais de R$ 1 bilhão na expansão e na consolidação de universidades e institutos federais presentes em 68 municípios do estado.
Os investimentos foram anunciados pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado do Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, durante cerimônia realizada em Belo Horizonte (MG), que contou com a presença de servidores e alunos do IFMG. Por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), o governo federal investirá, em Minas Gerais, para expansão e consolidação das instituições federais: R$ 711,2 milhões para as universidades e R$ 377 milhões para os institutos federais. Os demais investimentos são anteriores ao Novo PAC.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse na cerimônia que tem uma relação antiga com o estado de Minas Gerais e afirmou que duvida que algum outro presidente tenha anunciado tantos investimentos para o estado como ele fez hoje. “Eu esqueci de avisar, mas vai ter um instituto no Barreiro, falta só o prefeito assinar o documento. Eu quero é educar esse povo. O povo bem-informado, o povo com profissão, vai em frente e ninguém precisa do estado”, disse.
"Nós estamos investindo R$ 177 milhões na consolidação dos institutos federais, representando obras em bibliotecas, restaurantes estudantis, laboratórios e quadras poliesportivas”
Ministro da Educação
Camilo Santana
Camilo Santana fez uma apresentação detalhada de todos os investimentos que serão realizados no estado. “Hoje nós viemos aqui falar dos investimentos nas instituições federais de Minas Gerais para melhorar a educação. Aqui em Minas Gerais são oito novos institutos federais com investimento de R$ 200 milhões na expansão. Mas o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] não ficou apenas na expansão, ficou também na consolidação dos estudos existentes. Nós estamos investindo R$ 177 milhões na consolidação dos institutos federais, representando obras em bibliotecas, restaurantes estudantis, laboratórios e quadras poliesportivas”, destacou.
Na ocasião, foram lançadas as pedras fundamentais dos campi Quilombo Minas Novas, do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG); e São João Nepomuceno, do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG).
O ministro também anunciou a consolidação e a expansão de 11 universidades federais de Minas Gerais. “Para consolidação das universidades já existentes serão investidos R$ 386,9 milhões e R$ 60 milhões para novos campi das universidades. São R$ 264,3 milhões para os hospitais universitários”, anunciou.
Ao final, Camilo Santana citou o pensador quilombola Antônio Bispo dos Santos, conhecido como Nego Bispo, falecido em dezembro de 2023. “O Nego Bispo diz: ‘aprender para mim é uma pergunta permanente’. E é isso que estamos fazendo, aprendendo sempre a melhorar a qualidade de vida do nosso povo e da população do país, sem deixar ninguém para trás, porque a educação é o grande caminho para transformar a vida do povo brasileiro”, pontuou.
No evento, também houve a inauguração dos anexos I e II da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que ficam localizados no campus Pampulha da UFMG. Os dois edifícios atenderão a uma comunidade formada por cerca de 2 mil estudantes e 180 servidores docentes e técnico-administrativos.
Investimentos
Institutos federais – Para a expansão dos institutos federais em Minas Gerais, serão investidos R$ 200 milhões pelo Novo PAC, entre 2024 e 2026, na construção de oito campi: Belo Horizonte (IFMG); João Monlevade (IFMG); Itajubá (IFSULDEMINAS); Sete Lagoas (IFTM); Caratinga (IFSUDESTEMG); São João de Nepomuceno (IFSUDESTEMG); Quilombo Minas Novas (IFNMG); e Bom Despacho (IFMG), que beneficiarão 11,2 mil alunos no estado. Cada unidade tem investimento estimado de R$ 25 milhões, sendo R$ 15 milhões para infraestrutura e R$ 10 milhões para aquisição de equipamentos e mobiliário. Cada campus terá capacidade de atender, em média, 1.400 estudantes. Além das novas unidades, os recursos do PAC serão destinados, ainda, ao Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG); ao Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM); ao Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS); e ao Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG).
Universidades federais – Os investimentos anunciados também beneficiarão a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF); a Universidade Federal de Viçosa (UFV); a Universidade Federal de Lavras (UFLA); a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM); a Universidade Federal de Alfenas (Unifal); a Universidade Federal de Uberlândia (UFU); a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI); a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); e a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).
Expansão e consolidação nacional
Universidades federais e hospitais universitários – No dia 10 de junho, o governo federal anunciou o investimento de R$ 5,5 bilhões para a consolidação e expansão das universidades e dos hospitais universitários federais. O investimento é parte do Novo PAC e será dirigido à criação de dez novos campi universitários, espalhados pelas cinco regiões do País, e a melhorias na infraestrutura de todas as 69 universidades federais. Além disso, será repassado R$ 1,75 bilhão para realização de obras em 31 hospitais universitários da Ebserh, sendo oito novos.
Institutos federais – Com objetivo de ampliar a oferta de vagas na educação profissional e tecnológica, o governo federal está criando oportunidades para jovens e adultos, especialmente os mais vulneráveis. Nesse sentido, anunciou em março a criação de 100 novos campi dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs). A iniciativa contempla todas as unidades da Federação, gerando 140 mil novas vagas, majoritariamente de cursos técnicos integrados ao ensino médio. Serão investidos R$ 2,5 bilhões na construção dos novos campi e R$ 1,4 bilhão na consolidação dos institutos federais existentes, com foco na construção de restaurantes estudantis, bibliotecas e ampliação de salas de aula.