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Dezembro Vermelho: Mês de Conscientização sobre HIV, AIDS e IT,s

publicado 06/12/2023 15h16, última modificação 06/12/2023 15h16

A campanha Dezembro Vermelho é dedicada à mobilização nacional na luta contra o HIV, a Aids e outras ISTs (Infecções sexualmente transmissíveis) como herpes, HPV e Sífilis. O Brasil tem aproximadamente 213 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE, e, conforme o Ministério da Saúde, quase 1 milhão convive com o HIV.

 HIV e Aids não são sinônimos. Ter HIV não significa que a pessoa desenvolverá Aids; porém, uma vez infectada, a pessoa viverá com o HIV durante toda sua vida. Não existe ainda vacina ou cura para infecção pelo HIV, mas há tratamento.

 HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é o vírus causador da aids, que ataca células específicas do sistema imunológico (os linfócitos T-CD4+), responsáveis por defender o organismo contra doenças.

 Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é a doença causada pelo HIV, que ataca células específicas do sistema imunológico, responsáveis por defender o organismo de doenças. Em um estágio avançado da infecção pelo HIV, a pessoa pode apresentar diversos sinais e sintomas, além de infecções oportunistas (pneumonias atípicas, infecções fúngicas e parasitárias) e alguns tipos de câncer.

 O vírus do HIV já circula há 40 anos no mundo, e um longo caminho percorrido pela ciência até aqui trouxe avanços que permitem que qualquer pessoa com HIV possa viver tranquilamente. Com o tratamento em dia, o vírus fica indetectável, ou seja, não será transmitido pela relação sexual, e a pessoa também não desenvolverá a Aids.

A maioria das pessoas que vivem com HIV e/ou AIDS no Brasil já passou por pelo menos alguma situação de discriminação ao longo de suas vidas. É o que indica um estudo feito com 1.784 pessoas, em sete capitais brasileiras, entre abril e agosto de 2019. Os dados fazem parte do Índice de Estigma em relação às pessoas vivendo com HIV/AIDS – Brasil, realizado pela primeira vez no país.

Segundo a pesquisa, 64,1% das pessoas entrevistadas já́ sofreram alguma forma de estigma ou discriminação, pelo fato de viverem com HIV ou com AIDS. Comentários discriminatórios ou especulativos já afetaram 46,3% delas, enquanto 41% do grupo diz ter sido alvo de comentários feitos por membros da própria família. O levantamento também evidencia que muitas destas pessoas já passaram por outras situações de discriminação, incluindo assédio verbal (25,3%), perda de fonte de renda ou emprego (19,6%) e até mesmo agressões físicas (6,0%).

O estudo replica no Brasil levantamentos feitos desde 2008 em outros países (mais de 100). “O Brasil está em patamar similar ao dos países da África, onde não existe histórico tão grande de mobilização social e luta por direitos humanos em relação ao HIV/aids como existiu aqui”, compara o psicólogo Ângelo Brandelli Costa, responsável pela pesquisa. Ele acrescenta que ainda existe dificuldade em revelar a  sorologia positiva. "As pessoas percebem que não vão ser aceitas pela família, por amigos e até pessoas que elas não conhecem.”

 “As pessoas se isolam, não vão buscar direitos, não vão buscar o próprio remédio, não vão buscar emprego por conta do temor em relação a viver com HIV”, comenta Jô Meneses, da organização não governamental (ONG) Gestos, do Recife.

A pesquisadora Silvia Aloia, do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas, de Porto Alegre alerta que a discriminação pode gerar um não acesso aos serviços de saúde”, como acontece no caso de mulheres grávidas contaminadas pelo HIV, no qual ocorre a transmissão vertical do vírus para o filho, problema para o qual há protocolo de saúde e medicamentos que podem evitar o contágio, mas a gestante precisa procurar os serviços de saúde.

 Tratamento SUS

O SUS oferece métodos que ajudam a evitar o contágio, como preservativos e remédios de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que são distribuídos de forma gratuita.

O SUS distribui também um autoteste para que as pessoas possam fazer em casa e saber o resultado. Basta uma coleta simples de saliva com um swab para saber o resultado em alguns minutos.

Estima-se que 135 mil brasileiros convivem com o HIV e ainda não sabem disso, muitos por medo de realizar o teste e descobrir o vírus.

Em caso de dúvidas, é recomendável que se faça o teste, e se der positivo, buscar imediatamente as unidades de saúde para iniciar o tratamento.

Prevenção

As recomendações para evitar o contágio não se limitam apenas ao uso de camisinha como acontecia no passado, atualmente as recomendações devem ser combinadas e busca atender às necessidades e contextos individuais, de modo a evitar novas infecções pelo HIV, sífilis, hepatites virais e outras ISTs.

 As recomendações incluem o uso dos preservativos masculino e feminino, profilaxias contra o HIV, a prevenção da transmissão vertical (da mãe para o bebê durante a gestação), a testagem regular, diagnóstico e tratamento precoce das infecções, além da imunização para HPV e hepatite B, e adesão aos programas de redução de danos para usuários de álcool e drogas.

É importante também a educação sexual nas escolas como forma de prevenção e também de se evitar a discriminação.

Referências

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