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Vamos combater o mosquito da dengue?

publicado 14/03/2024 10h53, última modificação 14/03/2024 10h53

O Brasil ultrapassou 1,5 milhão de casos de dengue nesta segunda-feira 11/03 e já contabiliza 391 mortes confirmadas pela doença. O número representa apenas os casos contabilizados a partir de 2024. Ao todo, são 1.538.183 casos até hoje, número que está quase batendo o total de ocorrências da doença em todo o ano de 2023, que foi de 1.658.816 casos.

Os estados com mais casos seguem sendo Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Distrito Federal e Rio de Janeiro.

Algumas informações são importantes para prevenir essa doença que pode ocasionar até a morte.

O que é?

É uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave, dependendo de alguns fatores, entre eles: o vírus envolvido, infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica, anemia falciforme).

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas idosas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.

Como se transmite?

A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Esse  mesmo mosquito transmite também a chikungunya e Zika. Não há transmissão pelo contato direto com um doente ou suas secreções, nem por meio de fontes de água ou alimento.

É possível contrair a dengue mais de uma vez. Até o momento são conhecidos quatro sorotipos – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A imunidade é permanente ao sorotipo que causou a infecção.

Sintomas:

  • Febre alta e/ou persistente;
  • Dores musculares e nas articulações;
  • Manchas vermelhas;
  • Dor de cabeça ou atrás dos olhos;
  • Diarreia e/ou dor forte de barriga;
  • Náuseas e vômitos frequentes.

Como tratar?

A hidratação oral (com água, soro caseiro, água de coco), ou venosa, dependendo da fase da doença, é a medicação fundamental e está indicada em todos os casos.

Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e anti-inflamatórios, como Aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco de hemorragias.

Como prevenir?

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, etc. Além disso, outras medidas devem ser tomadas:

  • Uso de telas nas janelas e repelentes;
  • Remoção de recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos;
  • Vedação dos reservatórios e caixas de água;
  • Limpeza de calhas, lajes e ralos;
  • Uso de areia nos pratos de vasos de plantas ou realizar limpeza semanal;
  • Limpeza e retirada de acúmulo de água de bandejas de ar-condicionado e de geladeiras;
  • Limpeza das bordas dos recipientes (vasilhas de água e comida de animais, vasos de plantas, tonéis, caixas d’água) e mantenha-os sempre limpos;

Vacina

Em 21 de dezembro de 2023 a vacina contra a dengue foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Neste primeiro momento, ela é destinada a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses.

 A faixa etária de 10 a 14 anos, público-alvo da vacinação contra a dengue, é a que concentra a maior proporção de hospitalização pela doença. Por isso, é importante levar as crianças e adolescentes para se vacinarem.

Com cada pessoa realizando essas medidas de prevenção é possível diminuir os casos de dengue!

Referências

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