Você sabe o que é CNV?
A comunicação não violenta (CNV) não é apenas um modelo de comunicação, é uma prática criada por Marshall Rosenberg, psicólogo americano, na década de 60. O objetivo da CNV seria inspirar conexões sinceras entre as pessoas de maneira que as necessidades de todos sejam atendidas por meio da doação compassiva.
A CNV seria a linguagem da compaixão.
Em situações similares, Rosemberg (2019) percebeu que algumas pessoas reagem com violência e outros reagem com compaixão. De acordo com ele, três fatores influenciam nesse processo: a linguagem que fomos ensinados a usar, como nos ensinaram a pensar e a nos comunicar e as estratégias específicas que aprendemos para influenciar os outros e a nós mesmos .
A comunicação que conhecemos e utilizamos diariamente é baseada em relações de poder. Nós aprendemos a pensar e a nos comunicar com base em julgamentos moralizadores, busca de erros, culpa; existe quem está certo e quem está errado, os que devem ser castigados e os que devem ser premiados. Mesmo o nosso diálogo interno é assim: nos culpamos e nos julgamos o tempo todo.
Mas que outro jeito existe de pensar?
Na CNV desenvolve-se uma consciência do que está por trás desse jogo de dominação e julgamento. Não precisamos deixar de avaliar as situações que vemos, mas aprendemos a deixar o julgamento moralizador suspenso e entrar num outro jogo mais colaborativo. Nesse entendimento só é possível estabelecer conexão quando buscamos entender a necessidade do outro e a nossa, por um movimento de abertura e empatia.
E o que a CNV propõe não é a solução de todos os conflitos, é a conexão. As soluções não estão prontas, não existem fórmulas mágicas.
De acordo com Rosemberg (2019) as práticas de Comunicação Não Violenta que servem de base para a solução de conflitos envolvem:
1. Expressar nossas necessidades;
2. Enxergar as necessidades dos outros, independentemente do modo como se expressam;
3. Verificar se as necessidades foram compreendidas com exatidão;
4. Oferecer a empatia de que as pessoas precisam para ouvir as necessidades dos outros;
5.Traduzir as soluções ou estratégias propostas para uma linguagem de ação positiva.
A adoção e a prática da CNV podem contribuir significativamente também para a melhoria do ambiente de trabalho, fomentando relações mais harmoniosas e produtivas entre servidores, alunos e demais membros da comunidade acadêmica.
No mês de maio deste ano, diversos servidores do IFMG participaram do curso ofertado pela PROGEP em parceria com ENAP em rede “Comunicação Não-Violenta: bases e aplicações na era do trabalho remoto".
Como forma de aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no curso, os servidores decidiram criar um novo grupo de estudos na instituição. Este grupo surge com a missão de formar servidores capacitados para promover e difundir a CNV, influenciando positivamente as políticas e as práticas institucionais. Além disso, o grupo tem um caráter multicampi, integrando membros de diversos campi do IFMG, o que pode fortalecer ainda mais a troca de conhecimentos e experiências entre os participantes.
Ficou interessado?
No mês de agosto, do dia 26/08 a 30/08, a PROGEP irá disponibilizar mais uma turma sobre CNV em parceria com a ENAP em rede para os servidores do IFMG. O curso será com transmissão ao vivo pelo Zoom. As matrículas para o curso se iniciam no dia 15 de julho e o link de inscrição será divulgado por e-mail aos servidores do IFMG.
Participem!
Referências
SOUSA, Cassimila Carvalho. Comunicação Não Violenta (CNV). Afinal o que é CNV? Curso ENAP
ROSENBERG, Marshall B. Vivendo a comunicação não violenta. Rio de Janeiro: Sextante, p. 8, 2019.